Os vírus

Vírus

Embora os vírus não sejam considerados organismos vivos, não estando, portanto, incluídos em nenhum reino, o seu estudo é de extrema importância devido ao seu impacto na saúde humana, animal e vegetal.
Fig. 1 Estrutura do bacteriófago (à esquerda) e niicrofotografia de bacteriófagos numa célula bacteriana (à direita).


Um vírus (do latim vírus, veneno) é um corpo molecular complexo, basicamente constituído por proteínas, que só pode existir e expressar-se em células de outros organismos. O termo «vírus» usa-se geralmente para as partículas que infectam células eucariotas. Contrariamente, as partículas que infectam células procariotas chamam-se bacteriófagos, ou simplesmente fagos. Os vírus têm entre 10 e 800nm.

Existem ainda os priões (do inglês «prioii», que significa Proteinaceous Infectious Only Particle - Partícula Infecciosa Puramente Proteica), que são agentes proteicos ainda mais simples do que os vírus, não possuindo ácido nucleico, mas responsáveis por patologias graves.

Os vírus não podem ser considerados seres vivos pelas seguintes razões:
  • não efectuam trocas de substâncias e energia com o meio;
  • fora da célula hospedeira, são inactivos (não podendo replicar-se autonomamente).

Os vírus apenas conseguem induzir a célula hospedeira à sua replicação. 

Doenças virais
Os vírus são causadores de inúmeras doenças em praticamente todo o tipo de organismos vivos, às quais chamamos genericamente viroses. A lista é interminável, sendo as mais conhecidas a raiva, a ébola, o sarampo, a hepatite, o dengue, a poliomielite a febre amarela, entre outras. Mas não nos esqueçamos de doenças como a gripe, que é causada por uma variedade de vírus, a varicela, a varíola, a meningite viral e a sida (AIDS), causada pelo HIV.

Prevenção e tratamento de doenças virais
Os vírus usam o seu hospedeiro para se alojar, multiplicar e manifestar. São extremamente difíceis de eliminar. Até hoje, o único remédio eficiente (embora nem sempre eficaz) é a vacina, que previne a infecção. O diagnóstico deve definir claramente o tipo de infecção em causa (se é bacteriana ou viral).

Comportamentos de risco
Os comportamentos de risco, nomeadamente sexuais, são perigosos para a saúde: facilitam a penetração do VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) no organismo.
Estima-se que cerca de 16% da população moçambicana, entre os 15 e os 49 anos, esteja infectada com o vírus VIH. Em Moçambique, o vírus da sida é transmitido, em mais de 90% dos casos, por meio de relações sexuais desprotegidas. Os principais motivos são a prática de relações sexuais com múltiplos parceiros e baixo índice de uso de preservativos.
As formas de transmissão do vírus da sida são as seguintes:
  • relações sexuais sem o uso de preservativo;
  • penetração vaginal desprotegida, que representa igualmente um alto risco de transmissão do vírus, sobretudo na vigência de uma Doença Sexualmente Transmissível (DST). A multiplicidade de parceiros aumenta consideravelmente o risco de contacto com o vírus;
  • utilização incorrecta do preservativo;
  • utilização não sistemática do preservativo (excepto em caso de relação monogâmica estável);
  • injecção de drogas partilhando seringas e/ou agulhas;
  • perfuração, corte ou penetração da pele com instrumentos não esterilizados, eventualmente contaminados com produtos biológicos humanos;
  • transmissão mãe-filho durante a gravidez e parto de mães seropositivas, sem terapêutica da mãe da criança;
  • aleitamento de criança por mulher seropositiva.

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