Abalos sísmicos
Os abalos sísmicos são movimentos vibratórios da crusta terrestre mais ou menos violentos mas de curta duração. Os mais fortes são muitas vezes precedidos e sucedidos de outros menos intensos - os abalos premonitórios e as réplicas, respectivamente.
Qualquer sismo tem origem no interior da crusta ou do manto, num local chamado hipocentro ou foco.
A origem dos sismos é variada, embora muitas das vezes esteja relacionada com o movimento das placas tectónicas. Podem, também, surgir sismos em consequência das explosões nucleares, desmoronamento subterrâneos, erupção vulcânica, etc.
A partir de foco, o sismo propaga-se por intermédio de vibrações até que atinja a superfície. Ao ponto da superfície terrestre por onde se manifesta o sismo dá- se o nome de epicentro.
A intensidade do sismo é maior no epicentro do que em qualquer outro ponto da superfície terrestre. A intensidade varia igualmente com a profundidade a que se encontra o foco e a quantidade de energia libertada pelo foco.
Quando o epicentro se localiza no continente chama-se terramoto ou tremor de Terra, e quando se localiza no mar ou oceano chama-se maremoto ou tsunami.

Figura 1. Um abalo sísmico
Os aparelhos que registam a intensidade de sismos são chamados sismógrafos. Estes traçam sismogramas.
A ciência que estuda os sismos, a sua origem e seus elementos é a sismologia. As escalas de medição da intensidade dos sismos que mais se destacam são a de Mercalli com 12° expressas em números romanos e a de Richter (esta é a mais frequentemente usada) que corresponde a dez (10) graus. Ora vejamos, a escala de Richter:
Magnitude menor que 2: tremores captados apenas por sismógrafos;
Magnitude entre 2 e 4: impacto semelhante à passagem de um veículo grande e pesado;
Magnitude entre 4 e 6: quebra vidros, provoca fendas nas paredes e deslocação de móveis;
Magnitude entre 6 e 7: danos em edifícios e destruição de construções frágeis;
Magnitude entre 7 e 8: danos graves em edifícios e grandes fendas no solo;
Magnitude entre 8 e 9: destruição de pontes, viadutos e quase todas as construções;
Magnitude maior que 9: destruição total com ondulações visíveis.
O maior terremoto já registado ocorreu no Chile em 1960, com uma magnitude de 9,5 graus na Escala Richter, provocando inúmeros feridos e cerca de dois mil mortos. Nessa ocasião, houve um ponto de ruptura nas placas tectónicas de cerca de 1000 km de extensão.
As consequências dos sismos são variadas e por vezes catastróficas. Desmoronamentos, derrocadas de edifícios, incêndios, aberturas de fendas na crusta, desvio de rios, lagos, alteração da temperatura de água nas nascentes e alterações morfológicas.
Os abalos sísmicos podem ser benéficos para o planeta:
Os abalos sísmicos permitem restabelecer um equilíbrio das forças na Terra, pois, com eles dissipam-se as tensões que se vêem acumulando ao longo dos tempos.
Os movimentos sísmicos aceleram as transformações morfológicas do globo criando novas fendas, deslocando blocos, enfim, rejuvenescendo normalmente o aspecto da superfície terrestre.
Vulcanismo (Vulcão)
Chama-se vulcanismo a actividade pela qual se dá à eliminação dos materiais magmáticos do interior da Terra para a superfície terrestre.
Quando o material magmático alcança a superfície terrestre através de uma abertura (fenda) tem-se então o que se chama erupção vulcânica ou vulcão, propriamente.
Vulcão é uma abertura ou fenda na crusta terrestre através da qual saem diversos materiais como: a lava, cinzas vulcânicas, gases, vapor de água e fragmentos de rochas.
Lavas são materiais magmáticos em estado fluído que atingem a superfície da Terra a temperaturas muito elevadas (por vezes superiores a 1.000° C).
Os elementos de um vulcão
Cratera - é depressão mais ou menos circular por onde são expelidas as lavas.
Chaminé - é o canal por onde se processa a subida (ascensão) da lava e outros materiais vulcânicos.
Cone vulcânico - é constituído por materiais resultantes da acumulação dos produtos vulcânicos, formando o formato de cone.
Câmara magmática - é o depósito do magma ou seja local do interior da Terra onde partem os materiais vulcânicos.

Figura 2. Os elementos de um vulcão
Tipos de vulcões quanto a sua actividade e tipo de erupção
- Vulcões activos - os que tiveram erupções desde os tempos históricos.
- Vulcões extintos - os que não tiveram nenhuma erupção em tempos históricos.
Durante uma erupção (é emissão de matérias vinda do interior da Terra.), os principais produtos espalhados na superfície são de três tipos: líquidos, sólidos e gasosos. A viscosidade das lavas lançadas e a proporção relativa dos três produtos influenciam a forma do edifício vulcânico. Assim, definem-se quatro tipos de dinâmicas eruptivas (e de vulcões): havaiano, estromboliano, vulcaniano e peleano.
A distribuição geográfica dos sismos e vulcões
Existem duas grandes zonas onde estão concentradas a maioria dos vulcões modernos. São eles:
O circuito ou Anel do fogo do Pacífico - abrange as seguintes regiões: Cordilheira dos Andes, costas ocidentais da América do Norte, Japão, Filipinas, Nova Guiné, Península de Kamchatka, Nova Zelândia, Ilhas Aleutas, e Filipinas.
O circuito do fogo do Atlântico - abrange América central, Antilhas, Açores, Cabo Verde, Mediterrâneo e Himalaias.

Mapa 1. Distribuição dos vulcões