Processo Anaeróbico Alático em exercício físico

 Índice



Capítulo
I- Introdução
. 3



Capítulo II-Fundamentação teórica. 4



2.1 Conceito básicos. 4



2.2 Processo Anaeróbico Alático em exercício físico. 5



2.2.1 Recuperação do Metabolismo Anaeróbico Alático. 5



2.3 Processo anaeróbio lático. 6



2.4 Treino Aeróbio e Anaeróbio. 8



2.4.1
Treino anaeróbico
. 9



2.4.2
Treino Aeróbico
. 9



Capítulo
III- Metodologia de trabalho
. 11



Capítulo IV – Conclusões. 12



Referências bibliográficas. 13





 



Capítulo I-
Introdução



A disciplina de Fisiología tem por finalidade
transmitir um conjunto de conhecimentos que visam habilitar os estudantes a um
maior domínio dos conceitos básicos interpretactivos do funcionamento dos
vários sistemas do corpo humano, conhecimento indispensável para os futuros
profissionais ligados ao desporto que, diariamente se confrontam com esta
problemática.



Para a realização de movimento é necessário que
a retirada energia dos nutrientes (glicose, gordura e proteínas) seja
armazenada inicialmente na molécula de trifosfato de adenosina (ATP). Existem
diferentes vias de retirada da energia dos nutrientes que dependem da
intensidade e duração do esforço físico. Esforços muito intensos (como 100m
rasos) utilizam a energia da creatina fosfato e são denominados de anaeróbios
aláticos. Esforços físicos menos intensos e mais prolongados utilizam glicose e
glicogênio muscular como fonte de energia para a reposição do ATP, produzem
pouca energia e ácido lático. Em atividades físicas com longas durações a
intensidade é pequena, tais atividades são denominadas de aeróbias que utilizam
preferencialmente e inicialmente glicose como fonte de energia, mas com o
prolongamento da



duração passam a utilizar gorduras. São
eficientes por liberarem grandes quantidades de energia e não acumularem ácido
lático. O objetivo deste trabalho é compreender e diferenciar os impactos do
ácido lático e alático.




Capítulo II-Fundamentação
teórica



2.1 Conceito básicos



Atletismo é uma noção
que admite vários usos. Neste caso, interessa-nos a sua acepção como a
competição na qual os participantes tentam chegar em primeiro lugar a uma meta.
Velocidade, por sua vez. pode fazer referência à rapidez de um
movimento.(Duarte. 2016)



A ideia de corrida de
velocidade, por conseguinte, alude a uma competição que consagra aquele que se
desloca mais rapidamente do que os restantes. Ou seja, com maior velocidade.
Quem chega em primeiro à meta numa corrida de velocidade, fá-lo antes que os
restantes adversários.(Duarte.2016)



Sob o conceito de
corrida de velocidade juntam-se diversas provas de atletismo que levam os
atletas a tentar correr o mais rápido que podem. A corrida de velocidade mais
famosa é aquela que implica percorrer uma distância de 100 metros. Em todo o
caso, existem corridas de velocidade de 200, 400 e mesmo 800 metros.
(Duarte.2016)



Geralmente, estas
corridas de velocidade realizam-se em pistas específicas (as pistas de atletismo).
Os corredores arrancam todos ao mesmo tempo assim que ouvem um sinal sonoro,
tentando alcançar a meta o mais rapidamente possível. O competidor que chega em
primeiro, vence a prova.(Duarte, 2016)



O ácido láctico é
produzido constantemente no organismo, tendo sua concentração aumentada nos
músculos durante atividade física de alta intensidade(6), caracterizando
fisiologicamente um estado a partir do qual ocorre desequilíbrio de
metabólitos, os quais podem gerar fadiga muscular. Pesquisas têm sido
realizadas para desenvolver metodologias capazes de mensurar a intensidade do
esforço correspondente ao limiar de lactato (LL), ou limiar anaeróbio (Lan),
ponto de onde o lactato começa a ser acumulado no sangue ou a intensidade do
exercício em que a concentração de lactato aumenta abruptamente. Ascensão et
al. afirmam que a carga de trabalho correspondente ao LL é a mais elevada
sustentada, predominantemente, pelo metabolismo aeróbio, conceito que pode
variar entre autores. Assim, a máxima fase estável do lactato (MFEL) é
utilizada para determinar a intensidade de um exercício contínuo na qual ocorre
a transição da predominância metabólica aeróbia para anaeróbia o que significa
a maior intensidade de um exercício contínuo na qual a concentração de lactato sanguíneo
deixa de aumentar. Heck et al. definem o MFEL como a razão entre o lactato
transportado no sangue e o lactato removido a partir do sangue. Svedahl e
Mclntosh consideram MFEL como sendo a condição em que o lactato não é acumulado
e que a captação de oxigênio pode suprir as necessidades metabólicas
decorrentes do exercício realizado. A velocidade de lactato mínimo (VLM) é a
velocidade na qual é mensurado o menor valor de lactato sanguíneo antes do
início da acidose metabólica.



 



2.2 Processo Anaeróbico
Alático em exercício físico



Durante a realização
de atividades físicas de altíssima intensidade e, portanto curtíssima duração, tais
como: todos os tipos de saltos (altura, triplo e com vara), arremessos, chutes,
cortadas, cabeceadas e outros mais predominam o metabolismo anaeróbio alático.
Este metabolismo caracteriza-se por apresentar uma alta capacidade de reposição
de energia para a adenosina por tempo limitado. Simultaneamente a hidrólise do
ATP (em ADP mais Pi e liberação de energia) ocorre a degradação da creatina
fosfato (reação catalizada pela enzima creatina kinase ou CK, transforma a CP
em C mais Pi). Porém a energia liberada pelo ATP irá ser usada para a contração
muscular e a da CP irá para sua ressíntese, assim apesar da pequena concentração
de ATP em nosso organismo ela nunca se esgota porque a CP não irá permitir tal
feito (KARLSSON et al, 1970; TRUMP et al, 1996; GREENHAFF et al, 1998; PERSKY
et al, 2001; BEMBEN et al, 2005).





 Sua importância é que sem ele, os movimentos
rápidos e vigorosos não poderiam ser realizados, pois essas atividades exigem
muito mais um fornecimento rápido do que uma grande quantidade de energia. O
sistema apresenta a fonte disponível mais rápida de ATP para ser usada pelo
músculo. As razões para isto são: não depende de longa série de reações
químicas, não depende do oxigênio que respiramos para os músculos que estão em
trabalho e tanto ATP e CP estão armazenados diretamente dentro dos mecanismos
contráteis dos músculos (KARLSSON et al, 1970; TRUMP et al, 1996; NEVILL et al,
1997; GREENHAFF et al, 1998; PERSKY et al, 2001; BEMBEN et al, 2005).



 



2.2.1 Recuperação do Metabolismo Anaeróbico Alático



O único meio para a
ressíntese da CP é através da energia liberada da hidrólise do ATP. Isso ocorre
durante a recuperação após o exercício, com a fonte primária de ATP provindo
daquela obtida através da degradação dos nutrientes. Assim sendo, durante
atividades físicas de ALTÍSSIMA INTENSIDADE E CURTÍSSIMA DURAÇÃO a CP fornece
energia para o ATP e este para a contração muscular, mas durante a recuperação
é o ATP que devolve a energia para a creatina. No 1º minuto de recuperação, 70%
da energia.



2.3 Processo
anaeróbio lático



Como no processo
anaeróbio alático, este processo também é denominado de anaeróbio porque
ressintetiza ATP através de reações químicas que não exigem a presença do
oxigênio que respiramos. Mas, contrariamente produz ácido lático. Portanto o
nutriente utilizado só poderá ser a glicose. Aliás, a degradação deste
nutriente é INCOMPLETA e como resultado produz ácido lático e ressintetiza
apenas 2 ATPs (KARLSSON et al, 1970; KOHLER et al, 2004).



 



A.    Período pós-prandial



O controle deste
excesso de glicose nada mais é do que retornar a concentração de glicose no
sangue aos valores normais (70 a 110mg/dl). O fígado participa promovendo: a
glicogênese (transformação da glicose em glicogénio, reação catalisada pela
enzima glicogénio sintaxe), a lipogénese (transformação da glicose em gordura,
catalisada por inúmeras enzimas) e a glicólise (degradação da molécula de
glicose e liberação de energia para as reações anteriores). Nos tecidos
adiposos ocorre a lipogénese. Nos músculos esqueléticos, ocorrem a glicogênese
e/ou glicólise. Com a retirada e armazenamento da glicose do sangue para os
órgãos, a concentração diminui e retorno das concentrações hormonais aos seus
valores basais (KREISMAN et al. 2000; BENNETT et al, 2001).



 



B.     Período de Jejum



Como o organismo,
após as refeições, armazenou glicose, com a falta dela, o organismo desmanchará
esses depósitos. Com a redução dos valores de glicemia (valores abaixo de 70
mg/dl) é liberado pelo pâncreas o hormônio glucagon que tem como principal
efeito biológico a elevação da glicemia (GUOQIANG et al, 2003).



No fígado ocorre a
glicogenólise (quebra do glicogénio em glicose, reação catalisada pela enzima
glicogénio fosfatase) liberando glicose para manter a glicemia. No tecido
adiposo ocorrerá a lipólise (quebra da gordura, reação catalisada pela enzima
lipase hormônio sensível) e liberação de glicerol e ácidos graxos livres
(AGLs). O glicerol será convertido em glicose pelo fígado (gliconeogénese) e os
AGLs formarão intermediários da glicose e serão oxidados em um processo denominado
de beta oxidação. Nos músculos esqueléticos não ocorre liberação de glicose do
seu depósito (glicogénio) para sangue, visto que não apresenta enzima que
catalisa a reação de liberação da glicose para o sangue, como o fígado (enzima
é denominada de glicose-6-fosfatase). Nos músculos esqueléticos, a glicose
captada pelo sangue pode seguir dois caminhos simultâneos: ou é armazenada na
forma de glicogénio ou é degradada, sua prevalência será utilizada dependerá da
necessidade de energia. Caso não haja elevada necessidade de energia (repouso)
a via predominante é a formação de glicogénio. Mas, caso haja necessidade de
energia (exercício) a via predominante é o processo de glicólise (DROUIN et al;
1998. PANKAJ et al, 1999; GUOQIANG et al, 2003).



 



C.    Glicólise ou Ciclo de Embden-Meyerhof



Essa sequência de
reações químicas que ocorrem no citoplasma da célula foi descoberta na década
de 30 por Gustav Embden e Otto MEYERHOF (Alemanha). É mais extensa do que o
sistema anaeróbio alático, pois requer doze reações químicas. É por isto que o
processo anaeróbio lático é utilizado em atividades de ALTA INTENSIDADE
(intensidade menores que no alático) e CURTA DURAÇÀO (durações maiores),
representando a segunda fonte disponível para a ressíntese do ATP para ser
usado pelo músculo (ESSRN et al, 1978; CONLEY et al, 1998; HOWLETT et al, 1998;
CROWTHER et al, 2002A, CROWTHER et al. 2002B: LEHNINGER et al, 2006).



A glicose difunde do
sangue para dentro da célula muscular e no citoplasma ela seguirá dois
caminhos: ser armazenada (glicogênese: formação da molécula de glicogénio
muscular) ou ser quebrada para liberar energia (glicólise). Durante a atividade
física a via glicolítica é mais intensa e predomina a produção de energia para
a ressíntese do ATP. A glicólise apresenta 11 passos enzimáticos divididos em 2
fases: de preparação (inicial que objetiva prender a glicose dentro da célula
muscular e a prepara para ser dividida) e de liberação de energia com formação
de ácido pirúvico, tendo as enzimas hexoquinase, fosfofrutokinase (PFK),
aldolase e piruvato kinase as mais importantes. Com a formação do ácido
pirúvico, a glicólise entra em uma fase crítica, pois esta substância poderá
seguir dois caminhos: formação de acetil CoA (quando há presença suficiente de
oxigênio) ou de ácido lático (presença insuficiente de oxigênio). Os fatores
que determinam o caminho a ser seguido são: presença insuficiente de oxigênio e
uma necessidade muito rápida de energia (o que não possibilitou degradação
completa da molécula de glicose).



Durante o exercício
físico de alta intensidade e curta duração (metabolismo anaeróbio lático) o
ácido pirúvico transformará em ácido lático (reação catalisada pela enzima
desidrogenase láctica) e difunde-se para o sangue. Os fatores que levaram a
transformação do ácido pirúvico em ácido lático são: (MALLETTE, et al, 1969;
ESSRN et al, 1978; CONLEY et al, 1998; HOWLETT et al, 1998; CROWTHER et al,
2002A, CROWTHER et al, 2002B; LEHNINGER et al, 2006).


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